Com
a chegada desse novo século, parece que temos acesso a tudo o que desejarmos ao
nosso alcance, ou melhor dizendo: a um clique de distância. Com isso parece que
as coisas que são postadas, curtidas ou compartilhadas, rapidamente caem no uso
e desuso e ai de quem ousar pensar em não seguir a tendência, pois o mesmo
acabaria sendo visto como um verdadeiro estrangeiro exótico em uma terra tão
“povoada” como essa. Mas será que não tem escapatória?
De
fato o coletivo é importante, até porque vivemos em sociedade e não podemos
escapar dessa realidade, não importando onde nem como vivemos. Porém, o que tem
ocorrido é a desvalorização do individual no sentido em que os modismos e a
imposição dos mesmos não prezam a subjetividade de cada um e assim acabam
tornando a essência de cada indivíduo como algo moldado em aparências e negações do
próprio “eu”. Ser autêntico então parece ser ousado e desafiador demais para nossa época.
Se
pararmos para analisar, a nossa personalidade, nossos gostos, nossa maneira de
ser e ver o mundo foram frutos do meio em que vivemos e da forma com que
vivemos. Isso nós já sabemos, visto que do momento em que nascemos até os dias
atuais, estamos sempre em constantes transformações e elas só cessarão com a
chegada da morte. Mas e a autenticidade? Ela só será alcançada quando nos
permitimos sermos livres. E quando me refiro a liberdade não digo no sentido de
não ter limites e sim poder se expressar sem hesitar e sem se preocupar com as
meras aparências socias.
Tirar
a máscara, despir a alma e se permitir.
De
fato, é quase que um desafio fazer tal coisa, mas não é impossível. Precisamos
então, parar de nos preocuparmos com julgamentos alheios, olhares que nos depreciam
e começarmos a ser mais do que meros produtos moldados em formas prontas. Audácia
e coragem! É disso que precisamos. Então, só assim seremos seres verdadeiramente originais.
Ótimo texto garotinha!
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